Ela me traz a paz do gozo proibido. Danem-se os danças, os ditos e os riscos, eu só quero ela e um bom disco de rock estourando os tímpanos. Gosto quando ela joga no chão seu corpo nu pregado pelo suor que passa por transfusão para minhas veias. É sexo, culto, verdadeira procissão de cheiros e toques, gemidos e sabores. Quando estamos, nós, transando sonhos pueris e orgasmos de múltiplas escolhas, entro em frenesi racional e tenho que fumar um cigarro para retardar o gozo. Ela reclama. Eu insisto. Olho pro lado e já não vejo a garota ou a droga. Nem mesmo o cigarro me acompanha, estamos eu e meus olhos observando o forro do teto branco sem lâmpada.
Contos, crônicas e outras histórias