As manhãs já não gostam mais de mim ou eu que tenha já não estado com ela por olhar a noite como um caminho que diminui o tamanho do dia e que talvez assim o tempo de pensar também se afaste. Não importa, estou recebendo um diploma, aplausos da banca, meus colegas me abraçam, o dono do bar me resolve dar um chopp de graça, a garçonete sorri com óculos cansados por trás da vista embaçada. Na ceia farta há doces, frutas e carnes com molhos vários. Cerveja, água com gás, vinho branco, rosé, tinto, seco, água sem gás, suco de laranja com acerola e abacaxi com hortelã, mas não há ninguém conhecido. Quer comer mais uma ameixa preta? Olha, essa tá grandona. Não, obrigado. Nada que um abrir de dentes para mostrar que tudo está bem, não importa como esteja de fato. Ainda tô pensando no que vou fazer com um canudo, pra que vale tudo isso? Pra onde vamos com os paradigmas acadêmicos que tentam, lutam, se esforçam ao máximo para explicar o mundo, mas cospem sistemas vazios e palavras com...
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