Fomos muitos, mas em que ponto deixamos de ser esses tantos para nos tornamos outros. Ou sempre os mesmos num círculo imaginário. Um acorde musical te guia para lembranças de um passado recente. Onde o ontem parecia melhor que o amanhã e assim por diante. Postes iluminados virados para o oeste, para o pôr-do-sol, para o que se passou. Os fins tornam-se objetos de valores mais altos que os começos. O fim carrega consigo o caminhar a contra ritmo em fatos já passados. Pelo menos conhece-se o inimigo. Mas e o agora?
O caminho para onde o nariz aponta é tortuoso e vário. Pensar que não se pode ser aquela pessoa que tanto se sonhou pode significar a apoteose da consciência. Não poderei ser o homem que primeiro pisou em Marte. Ufa! A marcha às vezes é lenta como se sempre houvesse tempo e por vezes acelerada pelo pavor do nunca mais. As métricas estão em revolução e não há possibilidade de fazer tudo, mas tem tantas coisas e tantos que se queria ser...
Quantas batalhas internas deve-se lutar antes de enfrentar o outro? Mas a carruagem segue e se a roda quebra é preciso trocar sem a estática do movimento. Não há mais tempo. Dito isso, todo o que resta vale muito. O avanço não se traduz na razão futebolística de vencer ou perder. Mas muda. Nem que for o ponto de vista.
Quantos milênios será preciso para um homem conhecer a si mesmo? A quantidade de folhas de um sequoia talvez se aproximasse. Paciência. Vale mais um minuto a correr do que mil anos passados.
Mesmo que você escreva algo triste, é sempre uma felicidade te ler
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