E se a capacidade intelectual de todos fossem definidos em ordem alfabética de A a Z. Todos passariam pelo estágio inicial do A, como se tarefas de engatinhar e as primeiras sílabas ditas em um língua se desenrolasse como estágio inicial? A partir de qual letra estaria os adultos em média? Os velhos que quando adultos só tiveram alcançado, digamos o estágio J - que por si só representa um bom índice - voltaria exponencialmente aos estágios anteriores, estancava ou era possível alcançar o K, e quem sabe, o L?
O avanço heurístico impediria que alguns indivíduos, os ditos da segunda parte do alfabeto - a partir do N para fins de marcação - seriam isentos de lidar com problemas de ordem cotidiana, que te levam a avaliar se leva um quilo de carne de vaca ou dois quilos de frango enquanto finge olhar com atenção para a cara do atendente do caixa e acaba pensando que deveria ser vegano, ou simplesmente esquecer que se está comendo um animal mas se percebe em casa e sem os pães que ficou de levar.
Há uma pose formada e uma intenção genuína de entender os dilemas da metafísica e de aceitar que se deve levar sempre a pedra pra cima do morro para vê-la rodar até embaixo e assim todos os dias. É um dever e um gozo.
Chegar no estado Y deve ser uma experiência de iluminação extraordinária, mas no outro dia se está comendo recheadinho de Goiaba enquanto assiste na aba anônima as melhores pegadinhas do Sílvio Santos. E em nenhuma das duas coisas há um prazer maior que o sexual, mas que se dilui em instantes.
Pode-se acusar essa concepção de um busca de sentido que é em si sem sentido algum, mas como não pensar, se a busca das questões altas e nobres e lúcidas, sim verdadeiramente altas, nobres e lúcidas é essencialmente uma busca de inventar um sentido para algo sem sentido, de pensar: O discurso que é influenciado pela realidade ou vice-versa?
Se o mundo estivesse pronto seria preciso desmontá-lo, para depois refazê-lo aos pouquinhos na luta de Sísifo infinita contra o tédio, a força da busca dos intelectuais.
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