1º ponto: Dizem que na escolha do fato da crônica é fundamental que este seja de extrema importância, de preferência encontrado no jornal e possuir uma opinião concisa sobre o assunto. Prefiro falar sobre uma paixão quase banal, sem muito usar de meus achismos e sim apenas relatando o que penso que vi.
2° ponto: Busque fugir dos personagens. Não posso. sem a jovem que perdidamente se apaixonou por um colega de classe que namora e o jovem que se vê na contradição de perder-se na nova paixão ou manter-se firme com suas histórias e memórias tão frescas e diariamente convividas, não haveria sobre o quê discorrer.
3º ponto: Evite fantasiar. Como poderei saber se minha memória me traiu e produziu uma fantasia, ou mesmo meus olhos ao observar o que acredito que vi? Não. Tenho que deixar em aberto que pode ser fantasia, não quero ser culpado de obstruir a verdade ou interpretar erroneamente que a fala da oradora sobre a Revolução Russa recaiu num ponto que a deixou inquieta. Não por Lênin, os camponeses Mujiques, nem mesmo a figura de Nadežda Krupskaja estampado na parede central com os braços cruzados e impacientes contra a figura do seu olhar gélido e penetrante, não conseguiu provocar alguma reação na jovem. Um pouco despercebida, ela ouviu falar sobre como as mulheres revolucionárias russas pregavam o amor livre, mútuo, sem que uma pessoa fosse julgada por outra por amar quem fosse, ela não pode evitar puxar o ar com a boca com ânsia, tal qual um flagelo com a cabeça mergulhado em um tanque com águas escuras e geladas quando é puxado pelo seu algoz para a superfície pela nuca e sente de novo um sopro de vida. Ela olhou para os lados ressabiada, sem notar que eu já a observara e que aquilo não passara despercebido. Se vai rolar alguma coisa entre eles? Ninguém sabe ainda,
Nem ela, eu, ele ou a namorada dele.
Nem ela, eu, ele ou a namorada dele.
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