O que matou nosso amor foi um nome. Não foi um gesto obsceno, um grito de pavor ou um tapa desferido sem querer em um de nossas brincadeiras. Não foi seu gosto musical que seguia o ritmo enfadonho do rock dos anos 80 aos hits sertanejos chicletes, enquanto eu mantinha inviolável nas mesmas batidas de hip-hop. Não foi o meu ciumes por sentir os olhares de homens mais maduros com uma vida feita enquanto andávamos lado a lado, nem sua insegurança quando eu saía com amigos para beber ou quando eu precisava perguntar algo para uma jovem atendente da sorveteria. Também não foi porque você gostava de sorvete de chocolates, com recheio de chocolate e uma calda quente, adivinha, de chocolate, enquanto eu sentia náusea de olhar para qualquer massa gelada que não fosse de fruta. Eu tenho provas que comprovaria que o que matou nosso amor foi um nome de cachorro. Não foi a opinião dos outros que lhe dizia estar errada por namorar alguém com oito anos de diferença de idade, nem foi a minh...
Contos, crônicas e outras histórias